RECLAMAÇÕES BANCOS

20, março, 2014

Os bancos com mais reclamações em fevereiro, segundo o BC

18/03/2014

Julia Wiltgen
Exame.com

São Paulo – Em fevereiro, o Santander foi novamente o banco grande – com mais de um milhão de clientes – com maior índice de queixas no ranking mensal das instituições financeiras mais reclamadas do Banco Central (BC).

O BNP Paribas liderou as queixas entre os bancos médios, com menos de um milhão de clientes.

Já é o segundo mês consecutivo que o Santander aparece em primeiro lugar. O HSBC permaneceu na segunda posição e o Banrisul, que não estava na lista no mês passado, ficou em terceiro lugar. A Caixa subiu do quinto para o quarto lugar e o Bradesco, que também não estava no top 5 em janeiro, passou para a quinta posição. O Itaú, que estava na terceira posição em janeiro, saiu do ranking, assim como o Banco do Brasil, que estava na quarta posição.

Entre os bancos médios, o BNP Paribas também está no primeiro lugar pelo segundo mês consecutivo. O BMG também continuou na segunda posição, o banco Pan caiu para o quarto lugar, e o Bonsucesso subiu do quinto para o terceiro. O Conglomerado J. Malucelli saiu do top 5, e o Safra entrou, na quinta posição.

Para elaborar o ranking, o BC recebe as queixas dos clientes e analisa se houve descumprimento das normas do Conselho Monetário Nacional (CMN). Dessa forma, a listaconsidera apenas as reclamações procedentes.

Os dados usados relacionam o número de queixas recebidas pelo banco com o número de clientes para verificar qual deles tem o maior índice relativo de reclamações. Assim, evita-se que alguns bancos apareçam sempre no topo do ranking por causa do maior número de clientes.

Veja a seguir os resultados do ranking de fevereiro:

Bancos grandes – mais de um milhão de clientes

Em fevereiro foram registradas 2.193 reclamações procedentes entre os bancos grandes, 557 queixas a mais que em janeiro. As principais queixas foram referentes à realização de débitos em conta sem autorização do cliente, prestação do serviço de conta-salário de maneira irregular e à cobrança de tarifas por serviços não contratados. Abaixo de cada tabela estão relacionados os tipos de reclamação mais recorrentes.

1º Lugar: Santander
Reclamações procedentes: 431
Número de clientes: 23.166.135
Índice*: 1,86

*Número de reclamações dividido pelo número de clientes e multiplicado por 100 mil.

Principais reclamações (em ordem decrescente): realização de débitos não autorizados; prestação do serviço de conta-salário de forma irregular; e concessão de crédito sem documentação adequada.

2º Lugar: HSBC**
Reclamações procedentes: 98
Número de clientes: 5.885.959
Índice*: 1,66

*Número de reclamações dividido pelo número de clientes e multiplicado por 100 mil.

**Trata-se do Conglomerado HSBC, que inclui HSBC Finance Brasil Banco Múltiplo e HSBC Bank Brasil Banco Múltiplo.

Principais reclamações (em ordem decrescente): débitos não autorizados; restrições nos atendimentos feitos pelos canais convencionais; e prestação de serviço de conta-salário de forma irregular.

3º lugar: Banrisul
Reclamações procedentes: 33
Número de clientes: 2.323.938
Índice*: 1,42

*Número de reclamações dividido pelo número de clientes e multiplicado por 100 mil.

Principais reclamações (em ordem decrescente): prestação do serviço de conta-salário de forma irregular; concessão de crédito consignado com documentação falsa ou sem documentação; e realização de débitos não autorizados.

4º lugar: Caixa
Reclamações procedentes: 702
Número de clientes: 55.060.989
Índice*: 1,27

*Número de reclamações dividido pelo número de clientes e multiplicado por 100 mil.

Principais reclamações (em ordem decrescente): descumprimento do prazo estipulado para responder dúvidas dos clientes; cobrança irregular de tarifa por serviços não contratados; e realização de débitos não autorizados.

5º lugar: Bradesco**
Reclamações procedentes 380
Número de clientes 34.931.481
Índice* 1,08

*Número de reclamações dividido pelo número de clientes e multiplicado por 100 mil.

**Trata-se do Conglomerado Bradesco, que inclui, além do Banco Bradesco, o Banco Bradesco Berj, o Banco Bankpar, o Banco Bradesco Cartões, o Banco Bradesco Financiamentos, o Banco Bradesco BBI e o Banco Bradescard.

Principais reclamações (em ordem decrescente): esclarecimentos de dúvidas de forma incompleta ou incorreta; realização de débitos em conta não autorizados; e cobrança irregular de tarifa por serviços não contratados.

Bancos médios – menos de um milhão de clientes

Em fevereiro, os bancos médios receberam 191 reclamações, 11 a mais do que em janeiro. Os bancos médios costumam atuar principalmente no fornecimento de crédito a pequenas e médias empresas, na concessão de crédito consignado e em financiamentos de carros.

As principais reclamações sobre os bancos médios foram: esclarecimento de dúvidas de forma incompleta ou incorreta e sobre problemas relacionados ao crédito consignado, como restrições na portabilidade e concessão de empréstimos sem documentação adequada.

1º lugar: BNP Paribas**
Reclamações procedentes: 27
Número de clientes: 1.930
Índice* : 1.398,96

*Número de reclamações dividido pelo número de clientes e multiplicado por 100 mil.

**Trata-se do Conglomerado BNP Paribas, que inclui o Banco BGN.

Principais reclamações (em ordem decrescente): esclarecimentos de dúvidas de forma incompleta ou incorreta; descumprimento do prazo estipulado para responder dúvidas dos clientes; e restrição à portabilidade do crédito consignado e concessão de crédito consignado sem documentação adequada.

2º lugar: BMG** 
Reclamações procedentes: 83
Número de clientes: 6.587
Índice*: 1.260,05

*Número de reclamações dividido pelo número de clientes e multiplicado por 100 mil.

**Trata-se do Conglomerado BMG, que inclui não só o Banco BMG, como também o Banco Cifra e o BCV Banco de Crédito e Varejo.

Principais reclamações (em ordem decrescente): concessão de crédito consignado sem documentação adequada; restrição à portabilidade do crédito consignado; e esclarecimentos de dúvidas de forma incompleta ou incorreta.

3º lugar: Banco Bonsucesso
Reclamações procedentes: 21
Número de clientes: 1.849
Índice*: 1.135,74

*Número de reclamações dividido pelo número de clientes e multiplicado por 100 mil.

Principais reclamações (em ordem decrescente): restrição à portabilidade do crédito consignado; esclarecimentos de dúvidas de forma incompleta ou incorreta; e descumprimento do prazo estipulado para responder dúvidas dos clientes.

4º lugar: Banco Pan (antigo Panamericano)
Reclamações procedentes: 17
Número de clientes: 2.953
Índice*: 575,68

*Número de reclamações dividido pelo número de clientes e multiplicado por 100 mil.

Principais reclamações (em ordem decrescente): concessão de crédito consignado sem documentação adequada; esclarecimentos de dúvidas de forma incompleta ou incorreta; e descumprimento do prazo estipulado para responder dúvidas dos clientes e concessão de crédito sem documentação adequada.

5º lugar: Banco Safra**
Reclamações procedentes: 7
Número de clientes: 127.530
Índice*: 5,48

*Número de reclamações dividido pelo número de clientes e multiplicado por 100 mil.

**Trata-se do Conglomerado Safra, que inclui, além do Banco Safra, o Banco J Safra.

Principais reclamações (em ordem decrescente): restrição à portabilidade do crédito consignado.

 

FONTE: feeb/sp

COLÔNIA DE FÉRIAS

20, março, 2014
Colônia de Férias da Federação dos Bancários de SP e MS: agora muito mais completa, com piscinas e churrasqueira
Situada em Caraguatatuba, a Colônia de Férias da Federação dos Bancários dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul é uma das mais confortáveis e bem equipadas do Litoral Norte de São Paulo, tem fácil acesso rodoviário e fica a duas quadras da praia.Dispõe de 77 apartamentos, todos com banheiro privativo e ventilador de teto, que acomodam até cinco pessoas cada, e cinco apartamentos especiais para excursões, com acomodações para oito pessoas cada.

A Colônia tem ainda duas piscinas (adulto e infantil), churrasqueira, salão de jogos diversos, sala de TV, campo de futebol, restaurante, lanchonete, playground e amplo estacionamento.

A diária, ao alcance de todos, inclui café da manhã e jantar. Criança até 7 anos é isenta e acima de 7 até 14 anos paga metade da diária do adulto.

Embora a prioridade seja atender os bancários, sempre que existam apartamentos disponíveis, trabalhadores de outras categorias cujos sindicatos mantêm convênio com a Federação podem hospedar-se sob o mesmo critério de preços.

Para o mês de junho não fazemos reservas, a Colônia é fechada para férias coletivas de seus funcionários.

ASSINADO ACORDO -2013/2014 com a Fenaban

21, outubro, 2013

A Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb SP/MS) assinou nesta sexta-feira (18/10), em São Paulo, a Convenção Coletiva de Trabalho 2013/2014, negociada com a Fenaban. O acordo, resultado de uma das maiores greves dos últimos anos, garante importantes conquistas econômicas e sociais à categoria, entre elas, aumento real pelo décimo ano consecutivo, valorização do piso e da PLR, cláusula sobre proibição de cobrança de resultados no celular do bancário, criação de um grupo de trabalho para analisar as causas de afastamentos no setor, abono-assiduidade de 1 dia por ano e vale-cultura.

Antecipação da PLR – A antecipação da regra básica e adicional da PLR será até 28 de outubro.

Regra básica: 54% do salário mais fixo de R$ 1.016,40, limitado a R$ 5.452,49.

Adicional: 2,2% do lucro do primeiro semestre, limitado a R$ 1.694,00. O pagamento do restante será feito até 3 de março de 2014.

PLR sem IR – Medida provisória sancionada pela presidente Dilma Roussef em junho desse ano estabelece isenção total de IR para PLR de até 6 mil. Os trabalhadores que recebem acima desse valor também serão beneficiados, pois os descontos serão progressivos.

Conquistas econômicas

Os salários foram reajustados em 8%, que representa ganho real de 1,82%. Segundo levantamento do Dieese, o ganho real acumulado pela categoria entre 2004 e 2013 foi de 18,3%. Para os pisos, os reajustes serão de 8,5%, com ganho real de 2,29%.

Também houve reajuste do auxilio refeição, que sobe para R$ 23,18; do auxilio da cesta alimentação, que passa para R$ 397,36 e do auxílio creche mensal, de R$ 330,71 por filhos de até 6 anos.

Na parcela adicional da PLR, foi elevado de 2% para 2,2% o lucro líquido a ser distribuído linearmente aos empregados, limitado a R$ 3.388,00.

Conquistas sociais

Na convenção coletiva desse ano, os bancários conseguiram a inclusão de uma cláusula sobre proibição de cobrança de resultados por meio de SMS e abono-assiduidade de um dia por ano. Os bancos concordaram também em reduzir de 60 para 45 dias o prazo para resposta às denuncias apresentadas pelos sindicatos e criar um grupo de trabalho bipartite, com nível político e técnico, para análise das causas dos afastamentos dos empregados do setor. Quanto aos dias parados, a compensação será até 15 de dezembro, com limite de 1h por dia (antes era 2h) e após isso as horas restantes serão anistiadas

fonte:FEEB/SP

GREVE ENTRA NA 3a SEMANA

1, outubro, 2013

Greve dos bancários entra na terceira semana ainda mais forte; 1.618 agências fechadas na base

30/09/2013


A greve nacional dos bancários entrou na terceira semana e nada da Fenaban (Federação dos bancos) apresentar proposta. Indignados com a postura intransigente da representação patronal, entidades sindicais e bancários têm ampliado o movimento em todo o país. Nesta segunda-feira, o número de agências fechadas nos 26 estados e no Distrito Federal foi de 10.822, sendo 1.618 na base da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb SP/MS), que reúne 23 sindicatos filiados.

As principais reivindicações dos bancários 

– Reajuste salarial de 11,93%: 5% de aumento real, além da inflação;

– PLR de três salários mais R$ 5.553,15;

– Piso de R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese);

– Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional);

– Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários;

– Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que permite que qualquer atividade seja terceirizada e precariza as condições de trabalho, além da aprovação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas;

– Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários;

– Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós;

– Prevenção contra assaltos e sequestros, com fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários;

– Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de trabalhadores afro-descendentes.

 FONTE: FEEB/SP

É o envolvimento de cada trabalhador que faz a diferença na ampliação do movimento

26, setembro, 2013

Muitos bancários não sabem, mas cada um dos benefícios que os trabalhadores recebem dos bancos, são na verdade conquistas de anos de luta. Os aumentos reais para salários e verbas, desde 2004, a valorização do piso e da PLR vieram de muita mobilização da categoria.

Este ano, não será diferente. Os bancários completam uma semana de greve nesta quarta-feira, em protesto à proposta de 6,1% apresentada pela federação dos bancos (Fenaban), sem aumento real, nem qualquer avanço nas reinvindicações de emprego, segurança, saúde e condições de trabalho.

FENABAN APRESENTA INDICE DE 6,1% (irrisório)

6, setembro, 2013

Cláusulas Econômicas – Proposta da Fenaban não apresenta aumento real   (6,1%)

 Na quarta rodada de negociação com o Comando Nacional dos Bancários, a Fenaban propôs reajuste de 6,1% para os salários e demais verbas. A proposta é irrisória e não apresenta aumento real nos salários.

Em relação a Participação nos Lucros e Resultados – PLR, a proposta é 90% do salário mais R$ 1.633,94. Para a PLR adicional, 2% do lucro líquido dividido entre os funcionários, com teto de R$ 3.267,88.

O que queremos?

Os bancários reivindicam reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real e reposição da inflação do período projetada de 6,6%); PLR de três salários mais R$ 5.553,15 e piso de R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).

Propostas para as cláusulas sociais

– Não devolução do adiantamento emergencial de salário na hipótese prevista na alínea b, do parágrafo, da cláusula 59 da CCT 2012/2013.

– Prevenção de Conflitos no Ambiente de Trabalho

•         Redução do prazo de 60 para 45 dias para resposta dos bancos às denúncias apresentadas pelo sindicato;

•         Reunião específica da Comissão de Negociações da Fenaban para discussão de formas de aprimoramento do processo;

•         Presença da Comissão de Negociações da Fenaban nas próximas reuniões de acompanhamento.

– Constituição de grupo de trabalho, com nível político e técnico, para análise das causas do afastamento no setor.

– Realização, em data a ser combinada, de um seminário sobre tendências da tecnologia no cenário bancário mundial.

– Constituição de um grupo de trabalho para conduzir ampla discussão sobre jornadas de trabalho.

– Ajuste na redação das alíneas e, f e g da cláusula 25 da CCT 2012/2013 que trata da estabilidade da pré-aposentadoria, conforme proposta de texto.

Fonte FEEB/SP

Fenaban apresenta proposta no dia 5 de setembro

28, agosto, 2013

Na terceira rodada de negociação, bancos mantiveram intransigência e não apresentaram proposta sobre remuneração 

O Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban se reuniram nesta segunda e terça, dias 26 e 27 de agosto, em São Paulo, para a terceira rodada de negociação da Campanha 2013; em discussão as cláusulas econômicas. Entre as propostas apresentadas pelos representantes dos bancários estão 5% de aumento real e reposição da inflação do período, valorização do piso, Plano de Cargos e Salários (PCS), adiantamento do 13º, salário do substituto, vale-cultura e PLR de três salários mais a parcela adicional fixa de R$ 5.553,15.

A Fenaban não fez uma contraproposta, mas informou que irá levar as demandas para as instituições financeiras e que apresenta ‘proposta global’, isto é, que contemple a pauta geral de reivindicações dos trabalhadores, na próxima quinta-feira, 5 de setembro, às 14h.

Conjuntura do sistema financeiro

Na abertura da rodada nesta segunda-feira, o Comando Nacional fez uma rápida análise de conjuntura do sistema financeiro, apresentando dados e fazendo avaliação sobre os lucros crescentes das instituições, a rentabilidade, a evolução do emprego e dos salários e a concentração de renda no setor, que é ainda maior que no resto da sociedade. Os seis maiores bancos (BB, Itaú, Bradesco, Santander, Caixa Federal e HSBC) tiveram lucro líquido de R$ 29,6 bilhões no primeiro semestre, que representa a maior rentabilidade do sistema financeiro mundial. Em contrapartida, continuam fechando postos de trabalho e reduzem a média salarial da categoria com a rotatividade.

Produtividade cresce e salário médio cai

O Comando apresentou ainda estudo do Dieese feito a partir dos balanços dos bancos mostrando que, enquanto o número de bancários por agência diminuiu 5% (de 24,15 para 22,95) entre junho de 2012 e junho de 2013, em razão do enxugamento de postos de trabalho, no mesmo período o lucro líquido por bancário aumentou 19,4%, a carteira de crédito por empregado cresceu 19,8% e o número de conta-corrente por trabalhador passou de 285 para 304 (crescimento de 6,9%).

Apesar do aumento da produtividade e dos ganhos reais da categoria com mobilizações e greves, que entre 2004 e 2011 foi de 13,94% no salário e 31,70% no piso, a remuneração média (salário mais verbas fixas) dos bancários diminuiu nesse período. Segundo dados da Rais (Relação Anual de Informações Sociais), do Ministério do Trabalho e Emprego, a remuneração média da categoria em 2004, deflacionado pelo INPC, era de R$ 4.817,12 . Em 2011 (último ano disponível pela Rais), o valor médio salarial do bancário caiu para R$ 4.743,59 – uma redução de 1,5% no poder de compra dos salários.

Cláusulas econômicas: principais demandas

Reajuste de 11,93% e piso do Dieese – Os representantes dos bancários defenderam o reajuste de 11,93%, que inclui a inflação do período mais 5% de aumento real, argumentando sobre a importância de recompor o poder de compra do salário e valorizar o piso salarial, conforme o salário mínimo do Dieese (R$ 2.860,21), diante dos lucros crescentes dos bancos e do aumento da produtividade.

Os negociadores da Fenaban primeiro disseram que o reajuste sobre o piso esse ano será o mesmo que sobre as demais verbas, mas diante da argumentação do Comando afirmaram que levarão a demanda para os bancos.

PCS – A reivindicação dos bancários é que as empresas tenham critérios objetivos e transparentes para a ascensão profissional, o que inclui reajuste anual de 1% todas as verbas de natureza salarial e a partir do quinto ano completo de serviço o reajuste será de 2%.

Os bancários também reivindicam dos bancos a movimentação horizontal e/ou vertical de pelo menos um nível na tabela salarial a cada cinco anos na mesma função. E para os cargos das carreiras administrativas, operacional e técnica querem que o preenchimento seja feito por meio de seleção interna.

Os representantes da Fenaban disseram que a reivindicação é uma maneira disfarçada de pedir anuênio e não querem discutir PCS, afirmando que isso é “interferência insuportável” para os bancos. Entretanto, as instituições públicas têm planos de cargos de salários.

Em relação ao adiantamento do 13º salário, os negociadores dos bancos assumiram o compromisso de consultar os patrões.

Salário do substituto – A reivindicação é que nas substituições, mesmo em caráter provisório, seja garantido ao substituto o mesmo salário do substituído. Os representantes patronais rejeitaram a demanda, afirmando ser justo que o bancário trabalhe substituindo chefias porque assim está sendo avaliado para futuras promoções.

Vale-cultura – O objetivo é incentivar a diversidade cultural, conforme prevê a Lei 12.761/2012, exigindo que os bancos concedam todo mês aos trabalhadores um vale-cultura de R$ 100,00 para compra de ingressos para peças teatrais, cinema, shows, musicais, bem como para outros espetáculos artísticos.

Eles disseram não ter posição ainda sobre o tema, que é preciso aguardar a regulamentação da lei, mas que levarão a proposta aos banqueiros e depois voltarão a discutir a proposta.

PLR – A reivindicação dos bancários é de PLR equivalente a três salários mais valor fixo de R$ 5.553,12 e que não pode ser compensado nos planos próprios de remuneração variável. O Comando argumentou que a cada ano diminui a massa salarial dos bancários e, como há falta de transparência nos balanços dos bancos, a categoria quer mudar a regra de forma a torná-la mais simples e fácil de compreender.

Os dirigentes sindicais frisaram que os bancários querem maior percentual de distribuição da PLR, mais próximo do tamanho do lucro das empresas, e elevação dos tetos que limitam os valores a serem distribuídos. E cobraram dos bancos uma discussão séria sobre os PDDs, as provisões para devedores duvidosos, cujos montantes os bancos vêm aumentando sem justificativa técnica, o que diminui a PLR. Com essas provisões, só os trabalhadores perdem.

Os representantes dos bancos descartaram a possibilidade de mudança de regra da PLR durante esta campanha nacional.

Auxílios-refeição, cesta-alimentação e creche/babá – A reivindicação dos bancários é aumentar os auxílios-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta e auxílio creche/babá para R$ 678,00, equivalente ao salário mínimo nacional.

Os representantes da Fenaban afirmaram que nos últimos anos reajustaram os auxílios acima da inflação e descartaram a elevação dos valores como querem os trabalhadores.

A Fenaban também ficou de discutir com os bancos a manutenção da cesta-alimentação para afastados por doença ou acidente de trabalho até a alta do INSS. Atualmente, o pagamento ocorre até 180 dias do afastamento.

Gratificação semestral – Os bancários reivindicam o pagamento de uma gratificação semestral de 1,5 salário para todos os trabalhadores nos meses de janeiro e julho. Alguns estados (RS, BA, PB e SE) e bancos em outros estados já pagam essa verba salarial há muitos anos, no valor de um salário.

A Fenaban, porém, negou a reivindicação, afirmando não haver sentido existir simultaneamente PLR e gratificação semestral, deixando claro que quer acabar com essa verba. Os dirigentes sindicais rebateram, dizendo que se trata de uma forma de valorização do trabalho dos bancários.

Auxílio educacional – O Comando reivindicou o pagamento de um auxílio educacional por todos os bancos, para empregados que estejam cursando ensino médio, graduação e pós-graduação. Várias instituições já concedem bolsas de estudo.

Os representantes da Fenaban negaram, alegando que o assunto deve ser discutido banco a banco. Os dirigentes sindicais insistiram na concessão do auxílio, pois significa qualificação da mão de obra, favorecendo bancários e bancos.

Parcelamento de adiantamento de férias – O que os bancários reivindicam é que, por ocasião das férias, a devolução do adiantamento feito pelo banco seja efetuada em até dez parcelas iguais e sucessivas, a partir do mês subsequente ao do crédito, sem acréscimo de juros ou correção de qualquer espécie. Vários bancos já efetuam parcelamentos.

Os negociadores da Fenaban vão levar a demanda aos bancos.

Previdência complementar – Os bancários reivindicam que todos os bancos instituam e patrocinem planos de previdência complementar fechados para todos os trabalhadores, com o objetivo de garantir a complementação de aposentadoria e pensão por morte e invalidez. Vários bancos já são patrocinadores de fundos para os seus funcionários.

Os representantes dos banqueiros, no entanto, disseram que esse é um tema para discussão banco a banco, como acontece com os planos de saúde, não sendo pauta da Convenção Coletiva.

 

 

Fonte: Feeb SP/MS, com informações da Contraf

CAMPANHA SALARIAL – 2a rodada negociação

19, agosto, 2013

Segunda rodada de negociação com a Fenaban termina sem avanços

No segundo dia da rodada de negociação sobre emprego, os bancos voltaram a frustrar os bancários e não apresentaram respostas para as principais reivindicações sobre terceirização, correspondentes bancários e igualdade de oportunidades. Na abertura da rodada, ontem, foram discutidos jornada, fim das demissões e mais contratações, além de garantia de emprego, e os banqueiros também não apresentaram soluções.

O Comando Nacional conclama a categoria a se mobilizar no próximo dia 22 de agosto, com a realização de passeatas a partir das 17h. A terceira rodada de negociação com a Fenaban ficou marcada para os dias 26 e 27 (segunda e terça), em São Paulo, quando serão discutidas as cláusulas econômicas.

Correspondente bancário

 O Comando reafirmou na rodada desta sexta-feira, 16, que defende a universalização do atendimento bancário, com agências em todos os munícipios, sendo que onde não for possível a instalação de agências deve haver postos de atendimento com bancários prestando os serviços. A categoria reivindica ainda que os bancos não apliquem as resoluções do Conselho Monetário e do Banco Central, que permite que os correspondentes bancários prestem alguns serviços para as instituições financeiras.

 Terceirização

 Representantes dos bancários reforçaram a luta contra o PL 4330, que precariza as relações trabalhistas no país, ao permitir que qualquer serviço seja terceirizado, incluindo a atividade-fim, e reduz salários e direitos. A Fenaban insiste que o projeto de lei servirá para ‘purificar’ as empresas e que eles estão preocupados com a proteção dos trabalhadores.

Mudanças tecnológicas

 O Comando reivindicou que seja constituída no prazo de até 45 dias a contar da data da assinatura da CCT uma comissão bipartite para discutir os impactos das mudanças tecnológicas no emprego. A Fenaban afirmou que não é possível discutir o assunto em uma mesa bipartite e apresentou a contraproposta de realização de um seminário sobre o tema.

Igualdade de oportunidade

 Assim como nos debates sobre correspondes e terceirização, não houve avanço na discussão sobre igualdade de oportunidades. A categoria reivindica que os bancos adotem medidas preventivas para eliminar práticas discriminatórias; contratação de pelo menos 20% de trabalhadores afro-descendentes e que os bancos assumam o compromisso de democratizar o acesso aos critérios para promoções, por exemplo, garantindo que mulheres, negros, indígenas, homoafetivos e pessoas com deficiência tenham as mesmas condições de contração que os demais. O comando ainda cobrou a ampliação da licença paternidade, mas a Fenaban empurrou o assunto para a mesa temática.

 

fonte: FEEB SP

 

 

 

 

 

CAMPANHA SALARIAL 2013/2014

9, agosto, 2013

Pauta de reivindicações dos bancários entregue à Fenaban

primeira negociação dia 8

O Comando Nacional dos Bancários entregou à Fenaban (Federação dos Bancos) nesta terça-feira, 30, a pauta de reivindicações dos bancários para a Campanha Nacional de 2013. O documento foi aprovado na 15ª Conferência Nacional realizada nos dias 19, 20 e 21 de julho, em São Paulo, e referendado em assembleias realizadas pelos sindicatos. Também foram entregues as reivindicações específicas do funcionalismo do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. A primeira rodada de negociações será no dia 08 de agosto, sobre saúde, condições de trabalho e segurança.

Davi Zaia, presidente da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb SP/MS), destaca que a pauta foi construída de forma muito participativa, com consulta aos bancários e discussões em encontros regionais e conferência Interestadual e Nacional. “A expectativa é de que façamos uma boa campanha, que as negociações sejam eficientes e as demandas dos trabalhadores atendidas. Os balanços divulgados pelas instituições financeiras mostram que elas têm condições de atender às nossas reivindicações”, afirmou.

Entre os principais itens da pauta estão reajuste salarial de 11,93% (reposição da inflação do período mais aumento real de 5%); piso de R$ 2.860,21; PLR de três salários mais parcela adicional fixa de R$ 5.553,15; fim da terceirização, das metas abusivas e da rotatividade e mais contratações.

Outros itens prioritários: 

> Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional);

> Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários;

> Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que permite que qualquer atividade seja terceirizada e precariza as condições de trabalho, além da aprovação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas;

> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários;

> Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós;

> Prevenção contra assaltos e sequestros, com fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários;

> Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de trabalhadores afro-descendentes.

Banco do Brasil

O Comando Nacional dos Bancários entregou também as reivindicações específicas do funcionalismo do Banco do Brasil definidas no 24º Congresso Nacional dos Funcionários do BB, realizado nos dias 17, 18 e 19 de maio, em São Paulo. A pauta é centrada no combate ao plano de funções comissionadas, ao assédio moral, a política antissindical e as péssimas condições de trabalho.

Caixa Econômica Federal

A pauta entregue hoje e que será defendida durante a Campanha e nas negociações permanentes com a Caixa Econômica Federal foi aprovada no 29ª Conecef e tem cinco eixos prioritários: condições de trabalho – 6 horas já para todos, mais contratações, melhorias na logística e fim do assédio moral; isonomia – ATS e licença prêmio para todos, fim da discriminação do REG/Replan não saldado, ticket na aposentadoria; valorização do piso; Saúde Caixa e recuperação do poder de compra dos salários.