CAMPANHA SALARIAL – 2a rodada negociação

19, agosto, 2013

Segunda rodada de negociação com a Fenaban termina sem avanços

No segundo dia da rodada de negociação sobre emprego, os bancos voltaram a frustrar os bancários e não apresentaram respostas para as principais reivindicações sobre terceirização, correspondentes bancários e igualdade de oportunidades. Na abertura da rodada, ontem, foram discutidos jornada, fim das demissões e mais contratações, além de garantia de emprego, e os banqueiros também não apresentaram soluções.

O Comando Nacional conclama a categoria a se mobilizar no próximo dia 22 de agosto, com a realização de passeatas a partir das 17h. A terceira rodada de negociação com a Fenaban ficou marcada para os dias 26 e 27 (segunda e terça), em São Paulo, quando serão discutidas as cláusulas econômicas.

Correspondente bancário

 O Comando reafirmou na rodada desta sexta-feira, 16, que defende a universalização do atendimento bancário, com agências em todos os munícipios, sendo que onde não for possível a instalação de agências deve haver postos de atendimento com bancários prestando os serviços. A categoria reivindica ainda que os bancos não apliquem as resoluções do Conselho Monetário e do Banco Central, que permite que os correspondentes bancários prestem alguns serviços para as instituições financeiras.

 Terceirização

 Representantes dos bancários reforçaram a luta contra o PL 4330, que precariza as relações trabalhistas no país, ao permitir que qualquer serviço seja terceirizado, incluindo a atividade-fim, e reduz salários e direitos. A Fenaban insiste que o projeto de lei servirá para ‘purificar’ as empresas e que eles estão preocupados com a proteção dos trabalhadores.

Mudanças tecnológicas

 O Comando reivindicou que seja constituída no prazo de até 45 dias a contar da data da assinatura da CCT uma comissão bipartite para discutir os impactos das mudanças tecnológicas no emprego. A Fenaban afirmou que não é possível discutir o assunto em uma mesa bipartite e apresentou a contraproposta de realização de um seminário sobre o tema.

Igualdade de oportunidade

 Assim como nos debates sobre correspondes e terceirização, não houve avanço na discussão sobre igualdade de oportunidades. A categoria reivindica que os bancos adotem medidas preventivas para eliminar práticas discriminatórias; contratação de pelo menos 20% de trabalhadores afro-descendentes e que os bancos assumam o compromisso de democratizar o acesso aos critérios para promoções, por exemplo, garantindo que mulheres, negros, indígenas, homoafetivos e pessoas com deficiência tenham as mesmas condições de contração que os demais. O comando ainda cobrou a ampliação da licença paternidade, mas a Fenaban empurrou o assunto para a mesa temática.

 

fonte: FEEB SP

 

 

 

 

 

CAMPANHA SALARIAL 2013/2014

9, agosto, 2013

Pauta de reivindicações dos bancários entregue à Fenaban

primeira negociação dia 8

O Comando Nacional dos Bancários entregou à Fenaban (Federação dos Bancos) nesta terça-feira, 30, a pauta de reivindicações dos bancários para a Campanha Nacional de 2013. O documento foi aprovado na 15ª Conferência Nacional realizada nos dias 19, 20 e 21 de julho, em São Paulo, e referendado em assembleias realizadas pelos sindicatos. Também foram entregues as reivindicações específicas do funcionalismo do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. A primeira rodada de negociações será no dia 08 de agosto, sobre saúde, condições de trabalho e segurança.

Davi Zaia, presidente da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb SP/MS), destaca que a pauta foi construída de forma muito participativa, com consulta aos bancários e discussões em encontros regionais e conferência Interestadual e Nacional. “A expectativa é de que façamos uma boa campanha, que as negociações sejam eficientes e as demandas dos trabalhadores atendidas. Os balanços divulgados pelas instituições financeiras mostram que elas têm condições de atender às nossas reivindicações”, afirmou.

Entre os principais itens da pauta estão reajuste salarial de 11,93% (reposição da inflação do período mais aumento real de 5%); piso de R$ 2.860,21; PLR de três salários mais parcela adicional fixa de R$ 5.553,15; fim da terceirização, das metas abusivas e da rotatividade e mais contratações.

Outros itens prioritários: 

> Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional);

> Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários;

> Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que permite que qualquer atividade seja terceirizada e precariza as condições de trabalho, além da aprovação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas;

> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários;

> Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós;

> Prevenção contra assaltos e sequestros, com fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários;

> Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de trabalhadores afro-descendentes.

Banco do Brasil

O Comando Nacional dos Bancários entregou também as reivindicações específicas do funcionalismo do Banco do Brasil definidas no 24º Congresso Nacional dos Funcionários do BB, realizado nos dias 17, 18 e 19 de maio, em São Paulo. A pauta é centrada no combate ao plano de funções comissionadas, ao assédio moral, a política antissindical e as péssimas condições de trabalho.

Caixa Econômica Federal

A pauta entregue hoje e que será defendida durante a Campanha e nas negociações permanentes com a Caixa Econômica Federal foi aprovada no 29ª Conecef e tem cinco eixos prioritários: condições de trabalho – 6 horas já para todos, mais contratações, melhorias na logística e fim do assédio moral; isonomia – ATS e licença prêmio para todos, fim da discriminação do REG/Replan não saldado, ticket na aposentadoria; valorização do piso; Saúde Caixa e recuperação do poder de compra dos salários.