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Greve entra no 16º dia sem sinal de nova negociação; bancários mantêm mobilização forte ampliando paralisação

21, setembro, 2016

A Greve Nacional dos Bancários entrou no 16º dia, sem qualquer sinal de nova rodada de negociação no horizonte por parte da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Por outro lado, os trabalhadores seguem resistindo, mantendo forte a mobilização, que cresce continuamente, apesar da repressão e truculência dos bancos.

Embate e resistência

Na sexta-feira (16), um dia após a última rodada, que não registrou avanços, os bancos iniciaram uma ofensiva contra a paralisação, realizando um festival de práticas antissindicais com o claro objetivo de enfraquecer a mobilização dos bancários, abrindo à força agências paralisadas e retirando cartazes e faixas das fachadas.

Nesse dia, a situação culminou num grande enfrentamento com os bancos, o que resultou na redução do número de agências paralisadas na base da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (FEEB-SP/MS). Na quinta-feira (15), o número de agências fechadas havia atingido 2.255 postos de trabalho, após o embate, esse número caiu para 2.015; porém, graças à resistência da categoria, ele segue crescendo e vem se recuperando, contabilizando na tarde de hoje 2.096 unidades atingidas pela greve. Pelo país, o número atinge a marca de 13.071 locais, entre agências e centros administrativos.

“Os bancos desrespeitam os bancários e a sociedade ao deixarem a greve entrar no 16º dia e se manterem calados; inclusive, quando tentam esconder o movimento retirando faixas e cartazes. Graças à truculência dos bancos, que não respeitaram a greve, o número de agências paralisadas sofreu uma redução, porém, os trabalhadores seguem firme na mobilização e os bancários sob a coordenação dos sindicatos estão restabelecendo o fechamento das unidades e, inclusive, sua ampliação”, comentou o vice-presidente da FEEB-SP/MS, Jeferson Boava.

A greve continua por tempo indeterminado, até que a Fenaban apresente proposta que satisfaça as necessidades da categoria.

Principais reivindicações 

Reposição da inflação do período mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial, PLR de três salários mais R$ 8.317,90, combate às metas abusivas, ao assédio moral e sexual, fim da terceirização e melhores condições de trabalho, com destaque para a defesa do emprego e também das empresas públicas são algumas das principais reivindicações da categoria

 

FONTE: FEEB/SP

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