Devolutiva da Fenaban não sinaliza avanços: bancários querem proposta decente no dia 29
Movimento sindical espera proposta digna na próxima rodada, marcada para o dia 29
Encerrou no início da tarde desta quarta-feira (24), a terceira rodada de negociação da Campanha Nacional Unificada 2016, que reuniu o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).
Após duas rodadas de negociação, nas quais os representantes dos trabalhadores expuseram os principais pontos da minuta de reivindicação da categoria bancária, composta por 128 artigos, hoje foi a vez da Fenaban apresentar sua avaliação sobre as reivindicações prioritárias e realizar a defesa da posição dos bancos.
Marcada pela intransigência, a exposição dos banqueiros, que abordou entre os eixos da minuta, os temas: remuneração, igualdade de oportunidades, saúde e condições de trabalho, agências digitais, entre outros, não apresentou qualquer indício de avanço nas cláusulas sociais ou mudança no modelo de PLR.
Dentre outros argumentos, os representantes dos bancos insistiram que não são o setor mais rentável da economia, que os bancários possuem salários maiores do que a média nacional e que a categoria possui a melhor Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), que a rotatividade do setor bancário só não é maior do que a do setor público, entre outras falácias.
O movimento sindical espera e irá exigir uma proposta global concreta para a próxima reunião que está marcada para a próxima segunda-feira (29).
“A Fenaban não deu a devida importância para os temas prioritários apresentados, como aumento real, valorização do piso, condições de trabalho e segurança. Isso nos dá um indicativo da importância de mobilizar os bancários nas bases, para que seja possível avançar nas propostas que serão apresentadas no dia 29”, avalia Jeferson Boava, vice-presidente da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (FEEB-SP/MS) e membro do Comando Nacional dos Bancários.
Texto disponível no site: www.feeb-spms.org.br