Comando e Fenaban continuam negociação dia 21
Campanha Nacional
A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) não apresentou sua proposta completa para renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), durante a sétima rodada de negociação com o Comando Nacional dos Bancários, realizada nesta sexta-feira (17), em São Paulo. Diante dessa indefinição, o Comando e a Fenaban voltam a se reunir no dia 21 (terça-feira), a partir das 14h. No encerramento da rodada, o Comando destacou que o processo de negociação deve ser concluído na próxima semana e que qualquer resultado será submetido aos bancários, em assembleias, que decidirão os rumos da
Campanha Nacional.
“o Comando comunicou que os bancários rejeitaram a proposta apresentada na sexta rodada (reposição da inflação, sem aumento real) e cobrou uma proposta final. Essa incerteza não pode permanecer. Aliás, é fundamental que a categoria intensifique a mobilização. É hora de pressão”.
Balanço
Os bancários dos setores públicos e privados, reunidos em assembleias no último dia 8, rejeitaram a proposta (incompleta) da Fenaban para renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), apresentada na sexta rodada de negociação realizada na véspera (7). Apesar de assumir compromisso durante a quinta rodada (1º de agosto) em apresentar uma proposta completa, a Fenaban ofereceu apenas reajuste dos salários e verbas (PLR, vales, etc.) com base na inflação acumulada no período de setembro de 2017 a agosto deste ano (3,82%, índice estimado), sem aumento real.
Emrodadas anteriores, a Fenaban não aceitou assinar o termo de pré-acordo (garantir a validade da atual CCT durante o processo de negociação; a Convenção vence no dia 31 deste mês), e não avançou em pontos referentes à saúde, apenas em segurança. A Fenaban reafirmou concordância em alterar a cláusula 33ª da CCT, estendendo aos bancários vítimas do crime extorsão mediante sequestro a mesma proteção garantida às vítimas de sequestro consumado. Quanto aos novos tipos de contratos previstos na legislação trabalhista (terceirizado, intermitente e temporário), em vigor desde novembro do ano passado, a Fenaban negou a aplicação; porém, não concorda em incluir a proibição na CCT. Os bancos, no entanto, manifestaram disposição em analisar proposta de CCT para todos os bancários, independente da remuneração ou escolaridade, incluindo os hipersuficientes (trabalhador com salário superior ao dobro do teto do benefício previdenciário, com curso superior completo), invenção da citada legislação trabalhista.
Lucratividade em alta
Os bancos reúnem todas as condições para atender as reivindicações da categoria. Em 2017, os cinco maiores bancos (Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa Federal) lucraram, juntos, R$ 77,4 bilhões. Um crescimento médio de 33,5%. No primeiro trimestre deste ano, os citados cinco maiores bancos lucraram R$ 20,6 bilhões; uma alta de 20,4% em comparação com o primeiro trimestre do ano passado.
fonte:FEEB SP