Sindicatos discutem nova reestruturação com BB
Os sindicatos se reuniram hoje (22) com o Banco do Brasil para cobrar esclarecimentos sobre o novo processo de reestruturação, que prevê fechamento de agências e Plano Extraordinário de Aposentadoria Incentivada (PEAI), anunciado em pleno domingo (20). Os sindicatos reivindicaram a manutenção dos salários e dos funcionários envolvidos nas mesmas praças; ampliação do período de pagamento do VCP (Verba de Caráter Pessoal) – o BB anunciou período de quatro meses, com início em 1º de fevereiro de 2017 -, com inclusão dos caixas. Os sindicatos querem também a lista de agências e locais onde as atividades serão encerradas; relação das dotações das agências que permanecem e estrutura dos postos de atendimento; e o cronograma de implantação das agências de negócios, com a quantidade de funcionários e carteiras que serão absorvidos. Os sindicatos destacaram ainda que não existe na CCV (Comissão de Conciliação Voluntária) previsão de conciliação dos cargos criados com a nova reestruturação. Aliás, esse ponto será avaliado pelos sindicatos.
PEAI: Quanto ao plano de aposentadoria, os sindicatos destacaram que o prazo de adesão é extremamente reduzido (de 22 de novembro a 9 de dezembro).O BB esclareceu que o Conselho de Administração autorizou até o final de dezembro próximo. No que se refere a contagem de tempo dos incorporados, para efeito da indenização, o banco afirmou que vai considerar todo o período do contrato de trabalho.
TAO especial: O programa de Talento e Oportunidades Especial (TAO) terá início no dia 1º de dezembro próximo; os funcionários oriundos de localidades reestruturadas e com movimentação na lateralidade terão prioridade. O BB afirmou que o TAO Especial irá vigorar até a solução das pendências e será de competência exclusiva da respectiva diretoria (nomeações).
Nova rodada: Os sindicatos e o BB voltam a discutir a reestruturação no dia 1º de dezembro próximo.
Avaliação: Para o vice-presidente da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (FEEB-SP/MS), Jeferson Boava, que participou da reunião deste dia 22, o processo de reestruturação voltado para o mercado impõe à sociedade uma verdadeira precarização do atendimento ao reduzir as dotações e fechar agências. E mais: resulta em intensificação do trabalho, agravada pelo PEAI, e cria uma insegurança quanto ao futuro dos funcionários (remuneração e local de trabalho). “Além disso, o BB desrespeitou os funcionários ao anunciar em pleno domingo mais um processo de reestruturação. A comunicação ao mercado poderia ser precedida de amplo debate interno e com os sindicatos sobre as possíveis medidas; tipo uma consulta para avaliar os impactos na vida da instituição e de seus funcionários”.
Reestruturação em números: 781agências fechadas (14% de 5.430). Desse total, 379 serão convertidas em postos de atendimento (PA).
FONTE: FEEB / SP