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Arquivo de julho, 2016

Conquista dos trabalhadores do Itaú: aprovada distribuição de R$ 721 milhões aos participantes do Plano Itaubanco CD

28, julho, 2016

O Conselho Deliberativo da Fundação Itaú-Unibanco aprovou, nesta terça-feira (26), a distribuição do percentual de 11,22% aos participantes do Plano Itaubanco CD, além das alterações sobre a criação do fundo de administração e judicial. O valor a ser distribuído entre os participantes, que em março somava R$ 695 milhões, está sendo corrigido, e agora chega a R$ 721 milhões. O processo de aprovação segue para a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), e tão logo seja aprovado, os valores serão creditados nas contas dos participantes.

O conselheiro deliberativo André Luís Rodrigues ressaltou que a distribuição do excedente é uma grande vitória dos trabalhadores. “Esta é uma conquista dos bancários e também da negociação do movimento sindical e dos conselheiros eleitos para a Fundação Itaú Unibanco com a direção do Itaú”, disse.

O Plano Itaubanco CD, um dos vários planos de previdência complementar do Itaú, teve um excedente de R$ 1,418 bilhão no fundo previdencial. Esse excedente foi gerado por acontecimentos como rentabilidade acima da inflação e ganho de uma ação judicial referente à imunidade tributária. Do total excedente, a Fundação e os representantes dos sindicatos e conselheiros negociaram a criação de um fundo administrativo e de contingências judiciais, num total de R$ 259 milhões.

O saldo restante é de R$ 1.159 bilhão. Desse montante, os trabalhadores conquistaram 60%, que será distribuído entre os 21.189 participantes do plano, sendo 10.421 ativos, 4.428 assistidos (aposentados) e 6.340 entre auto patrocinados (funcionários que saíram do banco, mas que continuaram contribuindo para o fundo) e BPD (Benefício Proporcional Diferido). Isso representará um acréscimo médio de 11% sobre o saldo total das contas individuais dos participantes. As contas individuais dos participantes desse plano são alimentadas mensalmente com recursos originários do fundo previdencial.

Mais de 10 anos de luta

Em 2008, o movimento sindical e os conselheiros eleitos iniciaram um processo negocial visando resolver as distorções existentes nos diferentes planos Plano de Aposentadoria Complementar (PAC). A negociação foi concluída em 2010, quando foi feito o processo de migração e adesão ao novo plano: Itaubanco CD.

Na época as reservas foram proporcionalizadas e individualizadas para todos que fizeram a adesão. Instituiu-se o direito à pensão, inexistente nos planos PAC. Garantiu-se também a contribuição de um valor extra por parte da patrocinadora nas contas individualizadas. Com isso, instituiu-se um benefício mínimo, o que não existia no PAC, visto que em muitos casos o benefício no PAC era zero.

Mais de 20 mil trabalhadores fizeram a adesão ao Itaubanco CD e com isso abriu-se a possibilidade de também fazerem contribuições para esse novo plano, incrementando assim suas reservas individuais.

Com a individualização das reservas surgiu também a possibilidade do mecanismo de portabilidade, onde o participante, ao desligar-se da empresa, pode optar por levar suas reservas para outro fundo.

Para o membro do Conselho Fiscal e representante da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (FEEB-SP/MS) na COE Itaú Unibanco Mauri Sérgio Martins, “Foram três anos de intensas negociações entre os representantes dos participantes, que resultará numa distribuição de 11,22% e o crédito está previsto para ser realizado entre novembro e dezembro. Trata-se de uma importante conquista para os bancários que participam do plano PAC CD. Outras lutas virão”, avalia.

Fonte: Contraf-CUT – FEEB/SP

BB implementa nova regra de avaliação dos gestores

27, julho, 2016

O Banco do Brasil implementou no último dia 20 (quarta-feira), novas regras de avaliação de desempenho, válidas para os primeiros e segundos gestores, que podem possibilitar ascensão ou descenso na carreira. O programa é “Radar do Gestor”.

Como funcionará

O programa avaliará esses profissionais de forma permanente e tem como objetivo definir aqueles que deverão permanecer no cargo, ser promovidos e ainda, aqueles que terão descenso. Em sua primeira fase, o “Radar do Gestor” analisará a atuação destes profissionais nos últimos dez semestres e terá entre suas premissas: a área negocial, a atuação profissional, formação, qualidade dos negócios, dentre outras variáveis. A avaliação ocorrerá a cada dois anos e não afetará quem acabou de ser comissionado, que terá um prazo maior para adaptação. Os cargos serão ocupados pelos gerentes, conforme sua classificação de desempenho.

“Temos cobrado incessantemente dos bancos critérios que impeçam as superintendências regionais de terem o controle sobre os comissionamentos e descomissionamentos deste segmento sem a adoção de parâmetros claros. Esse modelo tem avançado neste sentido, porém, obtivemos a informação de que 5% terão redução de nível, o que consideramos inaceitável. Vamos acompanhar de perto esse modelo que não foi negociado com os sindicatos e iremos apurar denuncias de casos em que os trabalhadores sejam prejudicados”, avalia Jeferson Boava, vice-presidente da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (FEEB-SP/MS).

Texto disponível no site: www.feeb-spms.org.br

Bancários cobram melhorias no combate ao assédio moral, mas Fenaban não avança

26, julho, 2016

Trabalhadores querem transparência e mais rapidez na apuração das denúncias

Entidades de representação dos trabalhadores bancários discutiram com a Fenaban, na última quinta-feira (21 de julho), as melhorias no Instrumento de Combate ao Assédio Moral e a apresentação dos dados referentes ao primeiro semestre de 2016, conforme a cláusula 56ª da CCT determina.

Os dirigentes sindicais têm debatido com a federação dos bancos o aprimoramento do instrumento e como torná-lo cada vez mais presente nos locais de trabalho, considerando o seu caráter preventivo e de promoção da saúde, buscando ambientes de trabalho saudáveis e livres de acidentes e doenças. Dentre as propostas colocadas na mesa de negociação, destacam-se:

– Redução do prazo de apuração de denúncias, dos atuais 45 dias, para 30 dias, considerando que há bancos que fazem propagandas aos seus empregados, prometendo resolver os casos de assédio moral com maior brevidade, desde que seja encaminhado por canal interno do banco;

– Estratificação das denúncias que transitam pelo programa, sobretudo, pelos canais internos dos bancos, considerando que as denúncias encaminhadas pelos sindicatos passam por uma triagem prévia e são encaminhadas quando se tem certeza de que o objeto trata de assédio moral nas relações de trabalho;

– Consequências para o denunciante: na avaliação semestral do programa existe a apuração das consequências pela qual sofreu o denunciado. Mas, também é necessário saber se quem denunciou acabou tendo consequências aplicadas pelos bancos.

– Modo de apuração das denúncias: questão fundamental para o fortalecimento do instrumento é a transparência, pelos bancos, sobre os métodos que utilizam para apurar denúncias que transitam pelo programa, principalmente questões relacionadas ao assédio moral nas relações de trabalho. Que critérios de apuração os bancos adotam quando uma denúncia for considerada procedente ou improcedente? Pergunta que precisa ser respondida.

Por sua vez, a Fenaban tem se mostrado resistente diante das propostas apresentadas pela representação dos trabalhadores, reclamam os bancários. Os bancos acabam por não dar respostas objetivas na mesa de negociação, travando qualquer possibilidade de se avançar nas questões relativas ao assédio moral. Problema importante no sistema financeiro nacional, e que se relaciona com outro grande problema, as metas abusivas, impostas sem diálogo, de cima para baixo, cabendo ao trabalhador cumpri-las a qualquer custo, mesmo quando esse “custo” seja o comprometimento de sua própria saúde, destacam os dirigentes sindicais.
“O Instrumento de Combate ao Assédio Moral é um importante recurso para a preservação dos trabalhadores, mas precisamos fazê-lo avançar e a campanha salarial é o melhor momento para debatermos e progredirmos com este tema”, avalia Olívia Brossi, representante da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (FEEB-SP/MS), na mesa de negociação.

Nova reunião referente ao tema está marcada novembro.

Fonte: Contraf-CUT – FEEB/SP